As psicoses da mãe moderna
Quando ainda estava grávida, li um livro chamado "Mães que trabalham". O título chamou minha atenção porque eu seria uma mãe que trabalha. A capa apresentava uma mulher com uma malha com o S de Supermulher.
O título é um tanto enganoso, pois se trata de uma pesquisa sobre a visão que as mulheres americanas passam a ter de si mesmas depois que se tornam mães. Na verdade, a tendência mostrada no livro é justamente a de mulheres que abandonam o mundo ao seu redor para viver integralmente o estado de graça superior que é ser mãe.
Fiquei muito aflita ao ler o livro. Parecia que ao dar à luz as mulheres simplesmente enlouqueciam, esquecendo-se de si mesmas como mulheres, como esposas, como profissionais e como seres humanos, passando a ser (o que consideram) uma entidade superior.
Dei graças a Deus por estar no Brasil, pois aqui as pessoas são mais tranqüilas...
Devo confessar, que não fiz nenhum curso especial para mulheres grávidas. Tudo que fiz para me preparar para ser mãe foi ler o livro mencionado acima e o MARAVILHOSO livro de Tracy Hoggs, "Segredos de uma encantadora de bebês".
Justamente por isso, quando Enzo nasceu e passei a freqüentar a pracinha perto de casa é que fiquei surpresa por me deparar com várias questões (em nível bem light) abordadas no livro "Mães que trabalham".
Hoje em dia virou quase que uma obrigação ter parto normal e amamentar a qualquer custo para poder olhar de frente para as outras mães! A primeira coisa que perguntam é "Foi parto normal?" e a segunda é "Ele(a) tá mamando no peito?" Como se essas coisas quisessem dizer alguma coisa!
Eu queria ter parto normal, pelos motivos normais e não para me considerar uma supermulher e encarar as outras mães de frente. Escolhi um médico considerado "amigo do parto" (nas pacientes dele, o índice de partos normais é infinitamente maior do que o de cesáreas) e me preparei para isso. O Enzo já se encontrava na posição certa, considerada ideal, desde os sete meses. Infelizmente, porém, não pude ter um parto normal porque minha bolsa rompeu com 35 semanas de gestação e não entrei em trabalho de parto. Não tive sequer uma contraçãozinha para "tirar onda" (rsrsrs). Notei que a bolsa havia rompido às 7h da manhã e o Enzo nasceu às 15h14min. Quando entrei no centro cirúrgico, estava praticamente sem barriga, pois o líquido já havia vazado.
Minha cesárea foi maravilhosa. Não tenho do que reclamar. Foram exatamente 24 minutos entre a hora que saí do quarto e o Enzo nascer e mais 36 minutos para eu voltar para o quarto. A recuperação também foi tranqüila.
Quanto à amamentação, tb não tive muitos problemas. Aliás, as pessoas com quem convivi durante a gravidez me olhavam horrorizadas quando eu dizia que não amamentaria o Enzo se doesse muito ou se meu seio sangrasse. E se isso tivesse acontecido, eu não teria amamentado mesmo! Surpreendentemente, acho que graças ao instinto materno que toma conta de nós, eu curti amamentar. Achei gostoso. Um momento único com o seu filho. E, graças a Deus, não tive nenhum problema, meu peito não rachou e nem sangrou nos cinco meses que o amamentei.
No entanto, não fui farta de leite e, quando o Enzo estava com um mês, tive de passar a dar, uma vez por dia, uma mamadeira de complemento. Por volta das 18h, o Enzo esvaziava os dois seios e ainda berrava de fome. Devo confessar que me senti um pouco livre quando pude dar essa mamadeira.
Amamentar é bom, mas chega uma hora que vc vira prisioneira do seu filho. Não podemos fazer nada com calma, pois tem a hora das mamadas. Para qualquer coisa, você tem de dar uma fugidinha...
Quando o Enzo entrou com a papinha de frutas, começou a fazer pouco do leite. Ficava pouquíssimo tempo no peito. Quando entraram os legumes e verduras, foi uma festa para ele. Como voltaria a trabalhar em pouco tempo (não sabia ainda que seria mandada embora), resolvi deixar o leite secar e dar só a mamadeira.
Enzo está com dez meses e até hoje não curte muito o leite. Ele mama de manhã e à noite. Mas para mamar bem, tenho de colocar um gostinho: Frutas, Neston, Sustagem etc.
Algumas mães ficam chocadas quando conto isso. Mas eu não tenho vergonha nenhuma: Tive uma cesárea maravilhosa e amamentei meu filho só até os cinco meses. Não sou pior nem melhor do que nenhuma mãe por isso!
O título é um tanto enganoso, pois se trata de uma pesquisa sobre a visão que as mulheres americanas passam a ter de si mesmas depois que se tornam mães. Na verdade, a tendência mostrada no livro é justamente a de mulheres que abandonam o mundo ao seu redor para viver integralmente o estado de graça superior que é ser mãe.
Fiquei muito aflita ao ler o livro. Parecia que ao dar à luz as mulheres simplesmente enlouqueciam, esquecendo-se de si mesmas como mulheres, como esposas, como profissionais e como seres humanos, passando a ser (o que consideram) uma entidade superior.
Dei graças a Deus por estar no Brasil, pois aqui as pessoas são mais tranqüilas...
Devo confessar, que não fiz nenhum curso especial para mulheres grávidas. Tudo que fiz para me preparar para ser mãe foi ler o livro mencionado acima e o MARAVILHOSO livro de Tracy Hoggs, "Segredos de uma encantadora de bebês".
Justamente por isso, quando Enzo nasceu e passei a freqüentar a pracinha perto de casa é que fiquei surpresa por me deparar com várias questões (em nível bem light) abordadas no livro "Mães que trabalham".
Hoje em dia virou quase que uma obrigação ter parto normal e amamentar a qualquer custo para poder olhar de frente para as outras mães! A primeira coisa que perguntam é "Foi parto normal?" e a segunda é "Ele(a) tá mamando no peito?" Como se essas coisas quisessem dizer alguma coisa!
Eu queria ter parto normal, pelos motivos normais e não para me considerar uma supermulher e encarar as outras mães de frente. Escolhi um médico considerado "amigo do parto" (nas pacientes dele, o índice de partos normais é infinitamente maior do que o de cesáreas) e me preparei para isso. O Enzo já se encontrava na posição certa, considerada ideal, desde os sete meses. Infelizmente, porém, não pude ter um parto normal porque minha bolsa rompeu com 35 semanas de gestação e não entrei em trabalho de parto. Não tive sequer uma contraçãozinha para "tirar onda" (rsrsrs). Notei que a bolsa havia rompido às 7h da manhã e o Enzo nasceu às 15h14min. Quando entrei no centro cirúrgico, estava praticamente sem barriga, pois o líquido já havia vazado.
Minha cesárea foi maravilhosa. Não tenho do que reclamar. Foram exatamente 24 minutos entre a hora que saí do quarto e o Enzo nascer e mais 36 minutos para eu voltar para o quarto. A recuperação também foi tranqüila.
Quanto à amamentação, tb não tive muitos problemas. Aliás, as pessoas com quem convivi durante a gravidez me olhavam horrorizadas quando eu dizia que não amamentaria o Enzo se doesse muito ou se meu seio sangrasse. E se isso tivesse acontecido, eu não teria amamentado mesmo! Surpreendentemente, acho que graças ao instinto materno que toma conta de nós, eu curti amamentar. Achei gostoso. Um momento único com o seu filho. E, graças a Deus, não tive nenhum problema, meu peito não rachou e nem sangrou nos cinco meses que o amamentei.
No entanto, não fui farta de leite e, quando o Enzo estava com um mês, tive de passar a dar, uma vez por dia, uma mamadeira de complemento. Por volta das 18h, o Enzo esvaziava os dois seios e ainda berrava de fome. Devo confessar que me senti um pouco livre quando pude dar essa mamadeira.
Amamentar é bom, mas chega uma hora que vc vira prisioneira do seu filho. Não podemos fazer nada com calma, pois tem a hora das mamadas. Para qualquer coisa, você tem de dar uma fugidinha...
Quando o Enzo entrou com a papinha de frutas, começou a fazer pouco do leite. Ficava pouquíssimo tempo no peito. Quando entraram os legumes e verduras, foi uma festa para ele. Como voltaria a trabalhar em pouco tempo (não sabia ainda que seria mandada embora), resolvi deixar o leite secar e dar só a mamadeira.
Enzo está com dez meses e até hoje não curte muito o leite. Ele mama de manhã e à noite. Mas para mamar bem, tenho de colocar um gostinho: Frutas, Neston, Sustagem etc.
Algumas mães ficam chocadas quando conto isso. Mas eu não tenho vergonha nenhuma: Tive uma cesárea maravilhosa e amamentei meu filho só até os cinco meses. Não sou pior nem melhor do que nenhuma mãe por isso!
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